Acredito que a culpa foi do travesseiro. No Natal deixei o meu na casa de mamãe, por esquecimento. De lá para cá, não tenho dormido bem. O substituto é muito alto, quase nunca usado. Pelo menos por outra pessoa não. Ainda que eu seja maior de idade, vacinada e independente, ninguém dorme na minha cama de casal, a não ser eu. Há anos isso acontece. Depois de meu primeiro (e até agora único) casamento, não houve outro que invadisse. Triste isso, né? Enfim, o fato é que esse travesseiro é novo demais, não foi "socado" o suficiente para estar gostoso, confortador, receptivo.
29 de dez. de 2008
B A R A T A V O A D O R A
Acredito que a culpa foi do travesseiro. No Natal deixei o meu na casa de mamãe, por esquecimento. De lá para cá, não tenho dormido bem. O substituto é muito alto, quase nunca usado. Pelo menos por outra pessoa não. Ainda que eu seja maior de idade, vacinada e independente, ninguém dorme na minha cama de casal, a não ser eu. Há anos isso acontece. Depois de meu primeiro (e até agora único) casamento, não houve outro que invadisse. Triste isso, né? Enfim, o fato é que esse travesseiro é novo demais, não foi "socado" o suficiente para estar gostoso, confortador, receptivo.
28 de dez. de 2008
Deixa invadir
Ninguém sai vivo dessa mesmo! Dá tudo de uma vez, com vontade, tesão e não enrola.
Até porque o manual das bem-comportadas que não transam na primeira noite já expirou sua validade faz tempo. O manual e o status de bem-comportada. (Gargalhadas)
27 de dez. de 2008
Preliminares...
21 de dez. de 2008
O desejo de beijo
Puxei bem o ar para meus pulmões, comprimi a barriga no vestido (pretinho básico) e, num passo pensado, levantei para jogar pela primeira vez. Era preciso me exibir também. Eu, mais familiarizada com a sinuca, fiquei surpresa com o grande peso da bola de boliche. E, no entanto, marquei (orgulhosos e memoráveis) pontos. (Risos)
Sabe quando começam a elevar o tom da voz, tal qual os pássaros soam deteminada música no ritual de acasalamento e, com isso, aparecerem, destacarem-se da multidão? Pois é, foi iniciado todo o ritual. Nessas horas eu (sinceramente) fico muito sem jeito. É a hora em que outros machos percebem que a fêmea está sendo provocada, tentada, cortejada.
Outro dia, pensava cá eu com meus botões, na tentativa de achar um motivo que me levasse a ser assim: despreendida no lado profissional e, abolutamente, tímida na esfera pessoal (...) Não cheguei a conclusão alguma. Noto apenas que na área do trabalho, exerço determinado poder (no sentido de terreno dominado) e na relação entre pessoas nem (quase) sempre tal controle é possível (ou desejável). Deve ser isso.
E, quando dei por mim, já estava ele na sua bermuda xadrez sentado ao meu lado (literalmente). O ar estava impregnado de expectativa de gozo. Não me pergunte como, mas sei que marcamos entre olhares e breves palavras, dele levar seus familiares embora e retornar para conversarmos. E assim o fez.
Ele retornara. Quando o vi entrar pela porta quis gritar: Yes! Sim, funcionou: o urso saiu da toca e continua vivo!
Pediu uma cerveja e buscou uma mesinha diante do cantor que se apresentava no pequeno palco à esquerda. Me olhava entre uns goles e outros. A concentração na mesa de sinuca ia cada vez pior. Quanto tempo irá durar essa tortura?, pensei. Afinal, não é nada fácil você estar ali entre várias pessoas sendo observada (e querendo ser observada) a cada passo que dá. Exige auto-confiança e um pouco de coragem também.
Na tentativa de resolver o impasse que já durava dez longos minutos, confidenciei a paquera com o casal de amigos (como se fosse preciso). A ajuda dos "universitários" foi imediata. Assim que retornei para meu jogo, eles o convidaram para se juntar a nós, sem eu saber ou gostar de iniciativa. Nada disso foi necessário: os planos já estavam traçados com começo, meio e fim.
Ele já tinha arquitetado de como seria sua volta e pegada. Deu mais uns goles na cerveja. Enquanto eu me esforçava em concentrar na sinuca, meu parceiro de jogo de 12 anos dizia: "-Paula ele tá falando com o garçom e apontando para cá (...)". Ele tá vindo (...)".
A minha torcida (amigos) além de entusiasmada sempre foi organizada, viram? Espiões, relações públicas, enfim, um time e tanto. (Muitos risos)
Me oferecendo algo para beber, seu braço tocou em mim e saiu faísca. Sabe quando os dois se tocam propositadamente sem querer?
Seu beijo foi quente, úmido, gostoso, de língua atrevida, invadiu.